sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Caminhos

Caminho percorrido a procura de uma porta de entrada...

http://www.youtube.com/watch?v=ztoGA1oPrhQ

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

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Estranhamento familiar “ meu percurso”
O estranhamento familiar é algo que me surpreeendeu porque na nossa vida diária nunca paramos para olhar ao nosso redor e perceber o que existe, estamos tão acostumados na nossa rota do dia a dia que tudo se torna mecânico. E quando me vi obrigada a fazer um percurso com a finalidade de encontrar uma porta de entrada para uma intervenção, os horizontes se abrirão e eu percebi coisas que nunca tinha visto antes. O fluxo de pessoas na cidade, a movimentação de funcionários chegando das firmas, pois trabalharam no turno noturno, outras indo para o trabalho, os comerciantes abrindo seus estabelecimentos comerciais, enfim tudo novo, sendo que faço todos os dias o mesmo percurso mas sem se dá conta do que acontece. Observei também a estrutura da cidade, as ruas, os acervos culturais, tudo em busca de uma porta de entrada e me deparei finalmente com a Rua Direita, que é para os niquelandenses o berço da cultura local, nesta rua estava diante de histórias, que nos remetem a um passado memorável.

Etnografia da porta de entrada
A Rua Direita será a minha porta de entrada devido ter sido a primeira rua da cidade e dela ter se formado um vilarejo e depois finalmente a cidade, esta rua é rica no que se diz respeito a diversidade cultural, onde através de entrevistas, visitas e pesquisas encontrei um vasto acervo cultural e social. E entendendo que poderia ser um interessante ponto de partida para ampliar o conhecimento da população local a elegi como porta de minha intervenção.

Elaboração do projeto de intervenção
Como moro fora de Goianésia tive que realizar a intervenção sozinha, mas contei com o apoio de pessoas aos quais me apoiaram e me auxiliaram em tudo que necessitei. Pois entenderam que era uma proposta que iria conscientizar as pessoas para a valorização do patrimônio histórico e cultural de Niquelândia. Então a princípio, analisei o que poderia ser feito na questão cultural e como tudo que nos cerca é patrimônio, queria fazer algo que levassem as pessoas a refletirem sobre a necessidade de preservação, decidir criar uma cortina da arte, tendo como base a Igreja de Santa Efigênia que faz parte da nossa história, e tendo como referencial artístico, Georges Seurat, utilizando o pontilhismo ou divisionismo que é uma técnica de pintura em que pequenas manchas ou pontos de cor provocam pela justaposição, uma mistura óptica nos olhos do observador. No presencial a professora Adriane deu a sugestão de criar as pinturas em tecidos, mas não foi viável precisava de material mais acessível no preço, e optei, juntamente com a permissão da Professora Édina usar papel, canetinhas, etc. Portanto a minha proposta seria criar uma cortina da Arte usando um dos casarões da Rua Direita e montar uma cortina da arte ou painel.

Fóruns e orientações com os formadores.
Com a participação nos fóruns senti segurança, pois a professora Édina sempre presente e dando-nos idéias para aprofundar nossos conhecimentos enriquecendo nossa prática. Ela sugeriu que colocasse a cortina numa das janelas dos casarios, sugestão acatada. E também não posso deixar de ressaltar que os colegas com seus comentários postados reforçavam ainda mais a minha proposta de intervenção, de maneira que contribuíram de maneira decisiva para a realização da proposta.

Realização da proposta:

A realização da proposta de intervenção foi iniciada com uma visita a Rua Direita, onde entrevistei Dona Irani Rocha, a moradora mais idosa da rua, fotografei os casarões, as curiosidades que conheci, visitei também e entrevistei Dona Efigênia, a primeira me relatou seus costumes que vem passando de geração em geração, sua infância, a época da escola, as brincadeiras naquela rua nos tempos de seus pais vivos. A segunda comentou da estrutura da casa em que mora, que, ficando viúva há poucos meses mudou-se para uma casa em que ela tem certeza que vai ( morrer) e a casa ainda continuará com a estrutura sólida em que está, com suas recordações. A seguir reuni com os jovens e iniciamos o trabalho, onde primeiramente de uma fotografia da igreja de frente e de lado abstraímos ou seja desenhei com eles só com linhas, logo após iniciamos nossas pinturas em que a fruição e criatividade de cada um veio a tona, de forma que cada um pintou de acordo com o seu gosto, a seguir fizemos as molduras com papel cartão preto e com barbante preto fomos amarrando e unindo um ao outro. Finalmente estava pronto, só faltava escolher palavras chaves que tinham a ver com a proposta pedagógica, optei por cultura e tradição, pois tem tudo a ver com o tema proposto.
Chegada a hora de expor o trabalho, me senti realizada pois ficou explícita que havia alcançado meu objetivo, apesar de não ter sido possível expor nas janelas, tive que optar pelas paredes do casarão, porém, contudo o resultado da ação artística foi significativa, pois foi o encanto da subjetividade dos que criaram e a subjetividade de cada um que ativamente a toma pra si, ao aproximar, analisar e refletir sobre a mesma.
Conclui que essa aproximação da arte com o cotidiano das pessoas possibilitou a interação com a obra, sendo uma experiência estética dentro de uma ação social direcionada como categoria de educação não formal, em que o que estava em pauta era o reconhecimento da importância do patrimônio histórico e cultural de Niquelândia.





Bibliografia
PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática, SP.
WWW.wikipedia.org

Realização da proposta














































Trabalhando para a concretização da intervenção artística...

fotos e desenhos..





































Fotos e desenhos utilizados na intervenção pedagógica...